-=: Military Papa :=-
:: Monday, January 12, 2004 ::
Larguei isso aqui às traças, mas devo novamente postar alguma coisa, que para mim, é muito importante.

Estou escrevendo um artigo sobre o impacto do dia 10 de Maio de 1972 no Conflito do Vietnã, o que levou à esses acontecimentos, o por que tais acontecimentos se desenrolaram dessa maneira, a análise desses fatos e seu impacto na doutrina operativa da USAF (Força Aérea Americana) e da USN (Marinha Americana).

Por que eu estou fazendo isso? Por que eu estou muito afim de fazer isso.

Segue abaixo o meu primeiro esboço da primeira parte do artigo.

O que eu quero dizer com esboço? Na verdade são algumas anotações que tento por em ordem cronológica a partir das quais modificarei, acrescentarei fatos, detalhes, retirarei algumas coisas ou não e trabalharei o texto, visto que tem tempo que eu simplesmente não escrevo nada. Sendo esta a primeira parte, existem muitas explicações necessárias para o entendimento do resto do artigo. Assim sendo, talvez até uma pessoa leiga no assunto possa entender o que ainda há pela frente. Essa parte cobre o início da Guerra Fria até o incidente de Tonkin em Agosto de 1964 que foi quandoa Guerra Aérea sobre o Vietnã do Norte começou.

Por que o esboço pára por aí? Por que eu ainda não tive tempo de escrever o resto.

Então sem mais rodeios, o esboço do meu artigo segue abaixo:


Após a Segunda Guerra Mundial, toma início a guerra fria. Em 1949, a União Soviética fez detonar sua primeira bomba atômica, dando início prático à corrida armamentista entre leste e oeste.

Cada lado competia para ver quem desenvolvia novos armamentos em uma velocidade alarmante. Com essa mentalidade a Força Aérea (USAF) e a Marinha dos Estados Unidos (USN) teorizavam sobre o futuro de suas aeronaves de caça e seu papel dentro do que eles acreditavam ser o novo campo de batalha voltado para a guerra nuclear.

Eles acreditavam que não existiria mais a necessidade de se entrar em combate à curto alcance sobre o campo de batalha, visto que com os novos avanços no campo armamentista, os mísseis guiados teriam o papel principal na interceptação de bombardeiros inimigos carregando armas nucleares bem antes que estes pudessem atingir seus alvos.

Os desenvolvimentos de aeronaves que fossem capazes de cumprir os mais variados perfis de missões na nova "era nuclear" começaram logo após a Segunda Guerra Mundial, e, apesar de os combates aéreos sobre a Coréia do Norte forem de natureza puramente de curto alcance, este conflito foi considerado pelos teóricos uma excessão, pois ambos os lados não haviam ainda atingido o nível technológico que desejavam alcançar antes que pudessem se enfrentar. Considero isso como muita teoria e pouca atenção à prática que estava acontecendo na época nos céus coreanos.

Também na Coréia, nenhum dos dois lados tinha mísseis ar-ar operacionais, portanto, forçosamente o combate era forçadamente travado à curto alcance. O inimigo se utilizava primariamente do Mig-15, um avião soviético, geralmente até pilotado por pilotos soviéticos durante o conflito e que poderia sobrepujar o equivalente americano da época se pilotado com determinação, o que, na grande maioria das vezes não era feito. Os pilotos americanos durante a guerra da Coréia chegaram a ter uma média de abate de 13:1, o que para todos os efeitos é excelente. Isso se devia, primariamente ao treinamento agregado à um equipamento adequado para a época.

Até a Guerra da Coréia, o treinamento para o piloto de caça, não era tão diferente em relação ào treinamento ministrado ao piloto de caça da Segunda Guerra Mundial. O que mudou foi simplesmente o equipamento em que usavam, mas nem nisso era muito diferente. Exatamente a mesma coisa acontecia com a Marinha que estava entrando na era do jato, que de fato revolucionou até o desenho de seus porta-aviões para que pudessem operar em segurança.

Do mesmo modo que a USAF a Marinha teorizava que precisaria de aeronaves interceptadoras que pudessem defender a frota interceptando bombardeiros à centenas de quilometros de distância e que fizessem uso pleno de mísseis de longo alcance. Novamente o combat não se daria à curto alcance, mas sim muito além do alcance visual. A Marinha, tinha algumas restrições à aeronaves desse tipo, mais notadamente o espaço diminuto dos conveses dos porta-aviões da época. Felizmente, para a Marinha, novas e maiores classes de porta-aviões estavam em desenvolvimento para suprir a necessidade de maior espaço para se operar com maior segurança aviões à jato mais modernos, não apenas desenvolvidos para a defesa da frota mas também para aviões de ataque que utilizariam armas nucleares, pois assim como a força aérea, a Marinha sempre demonstrou grande interesse nesse tipo de projeção de força.

Durante a década de 50 vários aviões de caça foram projetados e produzidos e estes seriam a coluna cervical da força de caças dos EUA. Todos eles tinham como ênfase principal a velocidade, para que pudessem subir mais rápido e interceptarem seus alvos, os bombardeiros soviéticos carregando armas nucleares antes que estes pudessem alcançar seus alvos dentro dos Estados Unidos. Todos eram pesados e seus projetos não demonstravam qualquer preocupação com poder de manobra, pois não teriam problemas para manobrar junto com pesados bombardeiros russos que não disporiam de escolta de caças ao fazerem um trajeto tão longo. De qualquer forma, se caças inimigos aparecessem junto aos bombardeiros, a superior technologia de mísseis dos americanos certamente daria conta do recado.

Com tudo isso em mente, caças como o F-4 Phantom II entraram em produção, e nesse caso específico, tanto para a Marinha quanto para a Força Aérea. Esses aviões foram produzidos em massa e o treinamento de um piloto de caça até então era muito extenso e logo, para não mencionar caro, os americanos não teriam como suprir de pilotos tantos aviões. O que aconteceu em seguida foi o grande erro. O treinamento de combate aéreo aproximado, o Dogfight foi cortado do programa de treino dos pilotos, pois já não acreditava-se que iriam precisar disso. Era lhes dado um soberbo treinamento de vôo combinado com as técnicas de lançamento das armas dispostas para suas aeronaves, em outras palavras, lançamento de mísseis, ataque ao solo com bombas convencionais e como operar toda a nova gama de aviônicos que havia surgido. Os pilotos ficaram dependentes da guerra eletrônica, sendo treinados em um ambiente que seria perfeito para os teóricos das forças armadas.

Quando em agosto de 1964, torpedeiros norte-vietnamitas atacaram destróieres americanos no que foi conhecido como o incidente do Golfo de Tonkim, os americanos responderam bombardeando as bases desses barcos torpederos nos arredores de Hai Phong com aviões baseados nos dois porta-aviões que estavam na região, o Ticonderoga e o Constellation. Usaram-se aeronaves de ataque leves (A-4) para levarem à cabo o serviço, escoltadas por F-8, que foi o único caça que fora desenvolvido e produzido durante a década de 50 ainda com a antiga mentalidade do combate à curto alcance, por isso ele era rápido e altamente manobrável, seu armamento principal consistia de 4 canhões Colt de 20mm e podia carregar até 4 mísseis guiados por infra-vermelho (AIM-9 Sidewinders). Os pilotos de F-8 eram arrogantes, pois eles tinham todo o treinamento de caça que os pilotos de F-4 não tiveram.

Fim da primeira parte. Se alguns de vocês espertinhos avistarem algum erro de português, fiquem à vontade para me informar dos mesmos.

Depois posto algumas fotos que irão estar presentes no artigo. Algumas já foram publicadas no fotolog que assumi (/military) mas isso já tem algum tempo.



:: FOU ::
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