-=: Military Papa :=-
:: Monday, May 03, 2004 ::
Algumas estatísticas de mísseis no Vietnã e em seguida a terceira parte do esboço. Detalhe que eu não terminei essa terceira parte ainda.
AIM-7 "Sparrow" (Míssil Guiado por Radar Semi-Ativo de Médio Alcance, Além do Alcance Visual):
* Campanha Rolling Thunder
- 340 mísseis disparados
- 99 erraram seus alvos
- 214 falharam
- 27 acertaram o alvo
* Campanha Linebecker
- 272 mísseis disparados
- 53 erraram seus alvos
- 190 falharam
- 29 acertaram seus alvos
* Totais da Guerra
- 612 mísseis disparados
- 152 erraram seus alvos (25%)
- 404 falharam (66%)
- 56 acertaram seus alvos (9%)
AIM-9 "Sidewinder" (Míssil Guiado por Radiação Infra-Vermelha, Curto Alcance):
* Campanha Rolling Thunder
- 187 mísseis disparados
- 53 erraram seus alvos
- 105 falharam
- 29 acertaram seus alvos
* Campanha Linebecker
- 267 mísseis disparados
- 107 erraram seus alvos
- 108 falharam
- 52 acertaram seus alvos
* Totais da Guerra
- 454 mísseis disparados
- 160 erraram seus alvos (35%)
- 213 falharam (47%)
- 81 acertaram seus alvos (18%)
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Como podem ver, os números estão totalmente contra a eficiência dos mísseis em uso na época.
Somente no final da Rolling Thunder a Marinha Americana pôs em serviço uma nova versão de AIM-9 que era muito superior ao AIM-9B utilizado até então, mas entrarei em maiores detalhes sobre isso mais tarde, pois haviam grandes diferenças entre os mísseis utilizados pela Marinha Americana e os mísseis utilizados pela Força Aérea Americana.
Sem mais delongas a terceira parte do esboço, ainda não terminado:
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Prelúdio da Batalha:
Com o avanço das negociações de paz em Paris, o governo americano, decretou o fim da campanha "Rolling Thunder" em 1969. Os alvos mais importantes no Vietnã do Norte ficaram foram dos limites para as aeronaves americanas, estabelecendo assim, uma trégua nos combates aéreos sobre o Norte, que perdurou até o final de 1971.
Após a "Rolling Thunder" os americanos tinham muito trabalho pela frente. Suas perdas, tanto em combates aéreos quando para mísseis superfície-ar durante a campanha foram inaceitavelmente altas e era óbvio que algo precisava ser feito para se obter melhores resultados.
A Marinha Americana abordou seus problemas de frente, procurando à fundo a razão de seus problemas e um meio de resolvê-los. Em 1968 a Marinha nomeou o Capitão Frank Ault para estudar a questão e produzir um relatório com observações e sugestões para os problemas enfrentado pelas marinha durante a Rolling Thunder. Ault não poupou esforços e procurou por problemas desde a fabricação e manejo dos mísseis até sua utilização pelos pilotos em combate e o treinamento dos mesmos. As conclusões de Ault foram apresentadas em um relatório ao alto comando da Marinha. Conhecido como "O Relatório Ault", ele determinou que as tripulações de F-4 perderam suas habilidades de combate aéreo e que a Marinha precisava de um programa específico a ser ministrado aos pilotos para que estes pudessem reaver tais habilidades. Ele inclusive mencionou em seu relatório que a Marinha dispunha de meios para implantar tal programa imediatamente.
A Marinha acatou as recomendações de Ault e em 3 de Março de 1969 a primeira turma da Escola de Caça da Marinha (Navy Fighter Weapons School), também conhecida como "Top Gun" chegava à Base Aeronaval (NAS) Miramar na Califórnia, composta apenas de tripulações de F-4. A Marinha passou a ter mais confiança de que seus pilotos estavam preparados para enfrentar qualquer ameaça aérea em qualquer parte do Mundo.
Já a Força Aérea Americana abordou o problema de outro ângulo. Ela decidiu que o problema não era o treinamento de seus pilotos, mas sim um problema técnico e agiu de acordo, financiando um "upgrade" do AIM-9B "Sidewinder" e uma nova versão do AIM-7 "Sparrow".
A nova versão do "Sparrow", o AIM-7E-2 era conhecido como "Dogfight Sparrow" por causa de suas características mais flexíveis e apropriadas para combate de curto alcance e, de fato, esta versão se tornou muito mais útil e confiável do que a versão anterior, mas ainda assim, não era um dispositivo que pudesse ser considerado confiável. A nova versão do "Sidewinder" financiado pela Força Aérea não passou de pequenas melhorias no modelo AIM-9B, mudando, apenas alguns componentes, nascendo assim, o AIM-9E. Não se sabe até o dia de hoje o por que de a USAF não ter adotado o muito mais eficiente e confiável AIM-9D da Marinha (que já estava desenvolvendo o AIM-9G ainda melhor). Portanto, a solução da Força Aérea pode ser considerada paliativa ao contrário que a solução da Marinha foi bem mais profunda e detalhada.
Os Norte-Vietnamitas também melhoraram suas já fortes defesas, aumentando o número de radares, bases de migs, sítios de mísseis anti-aéreos e aumento o número de migs de 150 para 265, incluindo 31 Mig-19 (muitos J-6, que são Mig-19 fabricados sob licensa na China) que nunca antes tinham sido operados pela Força Aérea Norte-Vietnamita. O aumento do número de aeronaves acarretou no aumento do adestramento de pilotos, que foi ajudado pelos experientes pilotos sobreviventes da Rolling Thunder.
No final de 1971 houve um aumento gradual nas atividades aéreas no Vietnã do Norte com várias incursões de Migs no Laos. Por várias vezes essas incursões eram interceptadas por F-4s baseados na Tailândia e, em sua maioria, os resultados eram favoráveis aos americanos, visto que a cobertura de radares Norte-Vietnamita no Laos não era muito eficaz, e portanto, os sofisticados radares dos F-4 americanos tiveram um importante papel em conjunto com seus mísseis de longo alcance, mesmo que estes ainda estivessem longe de serem confiáveis.
A Marinha também se engajou contra os Migs nessa mesma época, quando em várias ocasiões, Migs atacaram aviões de reconhecimento, obrigando à seus caças de escolta a responderem o fogo e conseguirem abater alguns Migs.
O governo americano ainda aplicava a trégua atacando alvos no solo apenas quando seus aviões eram atacados tanto por Migs quanto pela defesa anti-aérea, no que eram chamados de ataques de proteção, mas o acúmulo de forças junto à zona desmilitarizada na fronteira com o Vietnã do Sul preocupava os comandantes militares. Tal acúmulo só poderia significar uma iminente invasão em larga escala do Vietnã do Sul. Nixon e Kissinger corriam contra o tempo. Eles queriam acabar com o envolvimento americano no Vietnã antes de uma invasão so Sul. O estratagema não deu certo. No dia 30 de Março o Vietnã do Norte deu início à invasão do Vietnã do Sul e pela primeira vez a guerra tornou-se convencional pois o Norte utilizara divisões regulares, inclusive com apoio blindado. Os Estados Unidos quase já não tinham mais tropas no Vietnã para conter o avanço inimigo, portanto a invasão teria que ser detida via aérea. Durante os primeiros dias da ofensiva ela foi muito bem. Os comunistas se aproveitaram do mal tempo para avançarem o máximo possível, mas enquanto isso, Nixon ordenava mais e mais aviões para o teatro de operações e, no dia 5 de Abril, finalmente o tempo permitiu o início da Operação "Freedom Train" que visava o bombardeio irrestrito de alvos abaixo do 20º paralelo.
Os Norte-Vietnamitas que aparentemente esperavam a resposta gradual empregada pelo governo Lyndon Johnson, tiveram uma desagradável surpresa ao serem duramente atacados pelos aviões da Força Aérea, Marinha e Fuzileiros americanos. As perdas materiais fora severas e o avanço literalmente parou. Agora os americanos estavam dispostos a cortar todas as linhas de suprimento do Vietnã do Norte e obrigá-los a voltarem à mesa de negociações em Paris. A nova campanha de bombardeamento chamada de "Linebecker" (Depois, "Linebecker I") não teria as restrições impostas à Rolling Thunder e o governo deu liberdade total aos militares para escolherem os alvos e determinarem quando e como seriam atacados.
10 de Maio de 1972 - Primeiro Dia da Operação Linebecker:
No início da manhã do dia 10 de Maio, as forças dos EUA se preparavam para os primeiros ataques da campanha Linebecker. Os objetivos do dia incluiam Depósitos de Munições, Combustíveis, Entroncamentos Ferroviários e Pontes, sendo que as aeronaves de ataque que serviriam de apoio à força de ataque principal atingiriam sítios de mísseis anti-aéreos e concentrações de armas anti-aéreas. O plano do dia seria de que a Marinha executaria 3 "Alpha Strikes" (Alpha Strike significa aprontar todos os aviões disponíveis para um ataque maciço à um determinado alvo ou concentração de alvos) utilizando as aeronaves dos 3 porta-aviões ao largo da costa do Vietnã (USS Constelation CV-64, USS Coral Sea CV-43 e USS Kitty Hawk CV-63) contra alvos na região de Haiphong e Hai Duong, à meio caminho entre Haiphong e Hanói. A Força Aérea tinha como objetivo fazer um grande ataque para destruir a famosa Ponte Paul Doumer em Hanói e o entroncamento ferroviário de Yen Bai, também em Hanói.
A Marinha, por estar mais próxima de seus alvos poderia realizar os três ataques, enquanto que a Força Aérea por estar muito distante de seus alvos poderia apenas realizar um único ataque, e mesmo assim a quantidade de aeronaves de apoio necessárias para tornar o ataque factível era muito grande. Devemos lembrar que as defesas em Hanói naquele momento eram as mais bem preparadas do mundo, e era necessário um aparato muito grande em relação à aeronaves de comando e controle, reabastecimento aéreo, contramedidas eletrônicas, supressão de defesas anti-aéreas e finalmente supressão de Migs, para que 16 aviões pudessem levar bombas até seus alvos no vietnã do norte à distâncias muito grandes, e portanto o tempo hábil para se montar tal estrutura era muito longo, ao passo que a Marinha, por simplesmente estar bem mais próxima, podia se dar ao luxo de executar mais ataques mesmo tendo que montar uma estrutura de apoio semelhante à da Força Aérea.
Às 08:00 horas da manhã, a Marinha americana lançava o primeiro "Alpha Strike" do dia contra alvos na área de Haiphong, lançando aproximadamente 32 aviões de cada um dos três porta-aviões ao largo da costa vietnamita. Inicialmente dois A-7 Corsair com a missão de supressão de defesas anti-aéreas tomaram a liderança e atacaram várias baterias de mísseis anti-aéreos perto de Haiphong, forçando os vietnamitas à desligarem seus radares para que estes não fossem atingidos por mísseis anti-radiação. Ao passo que voando alto ao largo da costa estavam aeronaves EKA-3B, um misto de avião tanque com contramedidas eletrônica com a tarefa de interferir com as comunicações norte-vietnamitas, um EP-3E com a missão de coleta de inteligência através de sinais norte-vietnamitas assim como um E-2B para alerta aéreo antecipado operando em conjunto com o cruzador USS Chicago que servia como controlador geral usando o código "Red Crown" usando potentes radares e mais uma gama de aeronaves de contra-medidas eletrônicas, comando e controle e alerta aéreo antecipado que também eram operadas pela força aérea.
Os bombardeios conseguiram acertar seus alvos em sua maioria sem serem molestados pelas defesas anti-aéreas do inimigo e logo que iniciaram seu regresso os dois A-7s que haviam lançado mísseis anti-radiação contra radares de mísseis anti-aéreos agora largavam suas bombas 'cluster' na pista do aerodromo de Kien An. Ao mesmo tempo, à 10 milhas à oeste de Haiphong, o Tenente Hawkings liderava um par de F-4 Phantoms do esquadrão VF-92 (USS Constelation - Chamada de Rádio: "Silverkite") a 14.000 pés. Eles tinham procurado por Migs mas não haviam visto nada nas telas de seus radares, mas assim que as aeronaves de ataque tinham se retirado da área-alvo, Red Crown transmitiu um alerta de Migs nos arredores do aeródromo de Kep. Aparentemente os Norte-Vietnamitas foram realmente pegos de surpresa pelo ataque da Marinha e somente às 08:30 da manhã o 921º Regimento de Caças estava pronto para fazer decolar 4 Mig-21 para enfrentar os atacantes.
Contudo, Hawkings, que já se aproximava do final de seu turno de combate sem nenhum engajamento bem sucedido contra os Migs, resolveu que iria perseguir os Migs onde quer que estivessem caso eles aparecessem nos arredores de Kep (importante base de Migs nos arredores de Hanói) e fez seu Oficial de Interceptação por Radar (RIO) jurar que não contaria nada para ninguém, pois isto era uma séria violação de suas ordens por estar se afastando da força atacante que deveria proteger. Então quando recebeu a notícia de Migs em Kep ele acelerou seu Phantom para 600 nós e voou na direção do aeródromo e seu ala, Curt Dosé o seguiu.
Os dois chegaram sem problemas sobre Kep. O céu estava claro, e não haviam armas anti-aéreas atirando contra os dois F-4. Dosé que estava mais perto da pista e olhou para baixo e pode ver dois Mig-21 prateados taxiando rapidamente. Ele novamente olhou em volta para ver se não haviam Migs no ar e nada avistou, mas logo seu RIO, o Tenente Jim McDevitt o avisou que os dois Migs que estavam antes taxiando agora estava correndo para a decolagem pela pista em direção oposta à deles.
Dosé tomou o comando e iniciou uma descida que o levou à velocidade supersônica, o que fez com que todos na base se jogassem ao chão. Dosé conseguiu se colocar atrás dos Mig, que assim que decolaram receberam um aviso de da torre a respeito dos Phantom em seu encalço. Eles imediatamente soltaram seus tanques externos de combustível e iniciaram uma curva para a esquerda, voando por entre as montanhas e vales. Dosé conseguiu enquadrar o ala inimigo e disparou um Sidewinder que pareceu guiar até o avião inimigo mas não conseguiu acompanhar a curva e errou o alvo, mas, insistentemente, Dosé disparou outro míssil e este logrou em acertar a cauda do Mig fazendo-o bater violentamente contra o solo.
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Meio que escrotisse minha terminar logo no meio da primeira ação do dia, mas infelizmente, não deu pra continuar por enquanto mesmo. Quando eu tiver terminado de digitar o resto, eu posto.
:: FOU ::
18:46
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Logo logo a terceira parte, que não será a parte final será postada.
Enquanto isso, Bart, se vc estiver lendo, seguem uns links interessantes abaixos para te fazer rir:
http://users.urbi.com.br/leocosta/100grand.mp3
http://users.urbi.com.br/leocosta/buttplugs.mp3
http://users.urbi.com.br/leocosta/nedgaychannel.mp3
Me fizeram cagar de rir.
Enquanto isso vou digitar o esboço da terceira parte fora algumas anotações extras.
:: FOU ::
15:40
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